20 de fevereiro de 2006

O poder do querer

Não sei bem o que fazer
Pelo primeira vez não quero me trancar
Mas a ocasião me obriga
De novo,
sozinha em meio a tanta gente
Estranho,
hoje eu queria baixar minhas defesas
Mas hoje, 
isso não depende de mim
Acho que percebo agora o que me fez mudar
É que só encontro total satisfação quando 
quero, mas não posso
É estranho esse jogo de querer e poder
O prazer está na dificuldade
Hoje algo me fez sentir igual a todos
Foi num momento de  distração, 
armas depostas, proteção quase nula
Mas logo que percebi, 
fugi para meu mundo
Agora o medo lidera minhas defesas,
e eu, não libero meus sentimentos
É o que quero
Mas será que posso?


escrito em 11/05/1995

Visão Dupla

Será que sou mesmo diferente? 
Há momentos em que a atitude dos que me 
rodeiam me faz pensar que sou igual a eles. 
Talvez esse conceito de diferença esteja 
somente em minha cabeça.
Teria eu criado todo esse meu sofrimento? 
Minha mente seria tão doente assim?
Talvez todos não me vejam inferior,
mas eu os intrerpreto assim.
Mas se eu não fosse tão diferente,
não precisaria de tantas armas.
Por que me rebaixo tanto?
Qual o motivo real da minha inferioridade?
Seria concentrada no físico ou no psicológico?
Pior para mim se for psicológico.
Comigo é uma inferioridade diferente dos 
problemas comuns da adolescencia pois 
tudo o que é meu, gosto e defendo.
Simplesmente me percebo inferior e diferente.


escrito em 11/05/1995

In (constância)

Nunca diga sou feliz.
Mais certo é dizer:
- estou feliz.
A felicidade não é duradoura.
É um estado momentâneo.
Vem e vai tão rápido como qualquer sentimento.
Vem com a rapidez de um vento. 
Vai com a destreza de uma serpente.
Não há quem nunca tenha sido feliz.
Assim como não há vida constantemente infeliz.
Nos cabe resistir às trapaças da vida, 
tirando força de nossa constante busca à felicidade.

escrito de 28/04 a 11/05/1995