27 de agosto de 2011

2º Encontro de Encadernação

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A Fundação Casa de Rui Barbosa promove, no dia 16 de setembro, das 9h às 16h, em sua sala de cursos, o   2º Encontro de Encadernação
O encontro propiciará a reunião de encadernadores, conservadores-restauradores, interessados na profissão e amantes da encadernação. Entrada Franca.


O evento tem como objetivo trazer informações sobre a pluralidade de aplicações dessa atividade e discutir os rumos atuais do ensino e da formação de novos encadernadores. Haverá uma mesa-redonda em que os convidados farão relatos da prática de encadernação em suas instituições, escolas ou ateliês particulares. Será montada também uma pequena oficina de encadernação no hall de entrada do prédio para demonstração de etapas do ofício.

Ótima dica para quem mora no Rio de Janeiro.  
O endereço é Rua São Clemente, 134, próximo à estação Botafogo do Metrô. http://www.casaruibarbosa.gov.br/index.php

26 de agosto de 2011

Inocência

Com riqueza de detalhes e profundo conhecimento vivenciado pelo autor, o livro permite uma verdadeira viagem ao Brasil rústico e sertanejo dos idos de 1871, quando "honra e palavra" eram os principais motivadores dos amores impossíveis. E assim acontece com Inocência e Cirino. Ela, uma jovem do interior do Mato Grosso prometida em casamento a um homem bruto acostumado à lida do sertão. Ele, um jovem farmacéutico a quem as andanças de Minas Gerais ao sertão matogrossense faz virar "doutor" e arrebatar o coração de Inocência. Entre eles, o Sr. Pereira, o pai, homem simples, hospitaleiro, mas capaz de sacrificar a própria filha em nome da sua palavra. Entre os personagens ainda temos o entomologista Guilherme Meyer, hospede de Pereira que tem seu modo espansivo de homem europeu confundido com afronta pelo sertanejo. Dessa forma o autor apresenta o sertanejo, o homem da cidade e o extrangeiro, revelando os contrastes entre cada um deles. O final como já imaginava, é triste, fatal e representa o que por muitas vezes deve ter ocorrido na época em que o livro foi escrito.

25 de agosto de 2011

O Homem que matou Getúlio Vargas

Um livro onde história e ficção dão vida a um atrapalhado anarquista que tem como meta de vida, eliminar do mundo, os tiranos. Escrito de forma a lembrar uma biografia, Jô Soares narra a vida de Dimitri Borja Korozec, nascido na Bósnia de mãe brasileira, e sua quase carreira de sucesso como "assassino profissional". A leitura é fácil e por muitas vezes divertida, misturando ficção à personagens reais como importantes chefes de estado e o mafioso Al Capone. Destaque para os capítulos em que o azar peculiar do personagem é superado pelo do enciumado anão Motilah. O trabalho ilustrativo é maravilhoso, capaz de despertar a curiosidade durante a leitura, o humor está presente do início ao fim, mesmo nos piores dias de Dimitri, mas em alguns momentos alguma coisa não flui como devido. Dimitri foi um personagem que não me envolveu ao ponto de torcer por ele ou contra ele, ficou no "quase", apenas li, indiferente. Mas sem dúvida é um ótimo livro para passar o tempo sem moiores pretensões.

20 de agosto de 2011

"Bicicloteca" empresta livros para moradores de rua em SP

A Revolução dos Bichos, de George Orwell (1903-1950), é o livro que mais impressionou o ex-morador de rua Robson Mendonça, 60, gaúcho de Alegrete.
Por gostar de ler, e não poder pegar nada emprestado de bibliotecas públicas por não ter comprovante de endereço, ele tinha um sonho. Quando melhorasse de vida, criaria uma biblioteca só para pessoas da rua.



Robson Mendonça e sua bicicloteca na praça da Sé; acervo de sua biblioteca sobre rodas inclui Truman Capote e Lima Barreto
Em 26 de julho, em pleno Marco Zero da capital paulista, na praça da Sé, lá estava ela. A bicicloteca - uma bicicleta equipada com um baú atrás com centenas de livro dentro- fez a sua estreia.
"Até agora (por volta das 15h) 80 livros foram retirados", diz Mendonça, exibindo a lista de nomes escritos à mão em um caderno. Quem pega um livro tem duas opções: ou passa adiante para quem quiser ler, ou devolve para a bicicleta.
Todo acervo do projeto, bancado exclusivamente por parceiros privados, é fruto de doações. No baú, títulos de Truman Capote, Lima Barreto e Graciliano Ramos.
Mendonça conta que perdeu a mulher e dois filhos em um acidente. Essa foi uma das causas que o levou para a rua, onde permaneceu por seis anos, até 2003.
"Perdi tudo após um golpe. Com documentos falsos, levaram o que tinha na conta do PIS/PASESP", diz. Hoje, ele dirige uma ONG para pessoas das ruas. "Atendemos 380 desde janeiro". 
Foto Alessandro Shinoda/Folhapress http://www1.folha.uol.com.br 

Achei o exemplo tão importante que não pude deixar de dividir a boa notícia. Atitudes como a desse senhor mostra que a educação não depende apenas dos bancos da escola. O que temos no Brasil é uma cultura imposta de que ler é desperdiçar tempo e não percebemos que ler é instrução, educação, esclarecimento, justamente o que nossos políticos não querem  que tenhamos.

10 de agosto de 2011

Os Sobreviventes - A tragédia dos Andes

Quando o amor à vida, a determinação e a fé em Deus existem, nada é grande o suficiente para que se desista da vida. Foi assim que os 16 jovens uruguaios conseguiram sobreviver a uma das piores tragédias da aviação mundial. Durante 71 dias eles venceram tudo, o frio de menos 30ºC; os ferimentos causados pelo acidente sem os mínimos recursos; a sede, pois como tudo era neve e frio, derreter o gelo para obter água era um trabalho árduo e lento; a angustia ao saberem que as buscas haviam sido encerradas, e principalmente a fome, que além de debilitar o corpo, atingia o espírito, uma vez que o único meio de manterem-se vivos, era usarem os corpos dos amigos mortos como alimento.
A história dos "Sobreviventes dos Andes" é narrada de forma realista e detalhada pelo autor que preferiu deixar que os fatos falassem por si, evitando assim, que a história fosse romanceada. O livro trás o desespero dos familiares, medos e incertezas, ações das equipes de busca e sobretudo, a determinação daqueles que não cruzaram os braços chorosos ao entenderem que a salvação só dependeria deles. O autor fez um bom trabalho, mas acredito que palavras não são o bastante para descrever o que foi cada um daqueles 71 dias perdidos em um lugar inóspito como o Andes. Um verdadeiro exemplo de vida.

3 de agosto de 2011

Mais três dicas para crianças

As férias terminaram mais ainda há tempo para mais três dicas que podem ocupar a imaginação da criançada e despertar nelas o gosto pela leitura. 

A Maldição do Ídolo Perdido
O livro é na verdade um divertido jogo onde o leitor passa a seguir pistas para desvendar o desaparecimento de uma valiosa peça arqueológica. A cada página há pistas que devem ser desvendadas antes da leitura da próxima. O livro faz parte de uma criativa coleção de leitura interativa voltada para crianças e contém ao final, as respostas para cada pista apresentada durante a leitura.

Memórias de um Burro Brasileiro
O livro, baseado no orignal "Memórias de um burro" da Condessa de Ségur, é uma livre adaptação do autor Herberto Sales para a realidade brasileira. Nele, Agapito, um burro cheio de nobres sentimentos e inteligencia resolve narrar suas memórias em homenagem a seu último dono, Bebeto. Em meio a muita confusão e travessuras, Agapito encontra pelo caminho pessoas simples, espertalhões e até mesmo ladrões, que fazem de suas memórias uma deliciosa aventura.

 O Caso do Sabotador de Angra
Mais uma aventura de Stella Carr onde a polícia é apenas coadjuvante na solução do mistério. Dessa vez os personagens não são os "irmãos encrenca" e sim crianças de um orfanato que se envolvem no caso quando descobrem que o dono do lugar, mantem preso no sotão do velho casarão, um importante cientista. Apesar da história ser sobre uma ameaça de explosão na Usina Nuclear de Angra I, a trama se desenrola praticamente toda na Bahia, o que nos leva a conhecer um pouco da cultura desse lugar tão importante do Brasil. Mais uma ótima aventura juvenil cheia de mistério e perigos para despertar o gosto pela leitura. No livro a autora ainda faz uma divertida homenagem ao autor e amigo Ganymédes José.