25 de abril de 2011

Dr. Leite, mais uma dica de histórias de detetives

Revirando a nova banca de R$ 2,00 no melhor sebo da cidade (a de R$ 1,00 ainda existe, mas anda pouco atraente) descobri o Dr. Leite, é um delegado astuto e inteligente que com a serenidade de seus cabelos grisalhos desvenda crimes através de deduções lógicas e sua grande experiência ao conviver com o ser humano. O livro apresenta 18 contos interessantes dos quais merece destaque o conto de abertura "Crime mais que perfeito" onde o final surpreende tanto o leitor quanto o assassino. Destaque também para a astúcia das personagens de "A magnólia perdida" e "Seis homens e um brilhante". Em "Vovô faz a gente de bobo", o autor ao apresentar a estudantes de direito um crime, expoe todos os elementos para que possamos desvendar o mistério. "Mãos predestinadas" me pareceu um conto confuso a primeira leitura, mas ao relê-lo com mais atenção, me encantou a forma como o autor nos leva a acompanhar o desespero de um pai. O conto que dá nome ao livro também merece destaque pelo final trágico desvendado através da astúcia do Dr. Leite.
Enfim, "A Morte no envelope" é um livro de contos policiais que mostra que autores nacionais têm tanto talento quanto estrangeiros e foi contrariando essa teoria que em 1957, Luiz Lopes Coelho, considerado o primeiro autor do gênero policial no Brasil, provou que aqui também se escrevia estórias de detetives.
Para quem gosta do gênero, vale a pena conhecer um pouco do que foi o início do gênero policial no país.

14 de abril de 2011

Nome estrangeiro, detetive brasileiro

Dick Peter é um detetive que vive em Nova York e que pelo jeito sempre se mete em encrencas durante o trabalho de investigação. Como ele aparece em uma série de 10 livros, ler apenas 1 é pouco para fazer jus a todas as suas caracteristicas. O que adianto é que em "O caso da represa nova", Dick se vê envolvido com pessoas gananciosas e vingativas; um misterioso corpo desaparecido, partes de um corpo "aparecido" e um mistério que começa quando o velho Daniel decide não deixar sua casa desapropiada por causa da construção da nova represa. O que achei mais interessante foi descobrir que Ronnie Wells era o pseudonimo de Jeronymo Monteiro, um autor nacional reconhecido como o pai da ficção científica no Brasil. Para quem quiser saber um mais sobre o autor, ainda desconhecido do grande público, encontrei um ótimo blog que estou saboreando aos poucos. http://jeronymomonteiro.blogspot.com/

13 de abril de 2011

Pura imaginação

Em Os homens de cavanhaque de fogo, Origenes Lessa me fez voltar à infância, quando a imaginação não tinha limites e brincar com visitantes do espaço era algo tão real, quanto brincar com animais de estimação.  Quem nunca se imaginou dentro de uma nave alienigena conversando com seres de outro mundo? Por vezes, o livro me lembrou as aventuras narradas por Monteiro Lobato no Sítio do Pica-pau Amarelo. Adoraria tê-lo lido ainda na infância.

8 de abril de 2011

Esqueça o estilo Dan Brown, John Sack é um autor que possui seu próprio estilo

Quem espera algo ao estilo Dan Brown, pode se decepcionar, pois apesar do que sugere o tema e a capa, "A Conspiração Franciscana" se revela um "achado" para quem gosta de se transportar no tempo quando lê. Ambientado por volta de 1230 D.C, o autor nos leva ao coração de Assis, cidade onde São Francisco fundou a Ordem dos Franciscanos. O início me pareceu um pouco confuso, mas porque a sinopse não é fiel ao conteúdo do livro, porém, depois que se entende o caminho trilhado pelo autor, a leitura se torna cativante e flui muito bem. O livro nos traz um belo trabalho de pesquisa por parte do autor quando retrata a sociedade, a religião, a paisagem e até mesmo o espírito do povo da época. Não sou fã de livros muito descritivos, gosto de deixar a imaginação solta, mas admito que os detalhes descritos pelo autor não se tornaram chatos ou cansativos, e sim me permitiram "visualizar" com perfeição o cenário onde se desenvolve a estória. O final não chega a ser uma grande revelação, uma vez que vai depender da crença de cada leitor, admitir ou não, as descobertas de Frei Conrad para o que o autor chama de "A Conspiração Franciscana".