28 de outubro de 2011

Cavaleiros da Cultura iniciam segunda etapa da Expedição Literária Estrada Real

Criada em 2008, a Associação Cavaleiros da Cultura representa a realização de um sonho: cavalgar levando cultura e incentivando a leitura pelos quatro cantos do país. A história teve início com um grupo de amigos, que, durante cavalgadas recreativas, procurava um sentido especial para suas jornadas. O primeiro passo foi dado em julho de 2007, quando 16 cavaleiros participaram da “Cavalgada do Centenário de Oscar Niemeyer”, idealizada por seu neto Carlos Oscar Niemeyer. Partindo de Goianá (MG), a homenagem ao maior arquiteto brasileiro consistiu na distribuição de 12 mil livros em 25 bibliotecas e escolas públicas de cidades do interior de Minas e São Paulo. Foram 813 quilômetros percorridos até a cidade de Barretos (SP), em 19 dias de atividades intensas.

Os Cavaleiros da Cultura partem neste sábado, dia 29 de outubro, para a segunda etapa da Expedição Literária Estrada Real, desbravando o Caminho de Sabarabuçu, que liga Cocais a Ouro Preto. Na bagagem, 80 mil exemplares de literatura infanto-juvenil que serão doados a crianças e jovens das escolas da rede pública de ensino das localidades do percurso. O grupo deixou Cocais rumo a Caeté. Neste domingo, os bravos cavaleiros seguem viagem para Sabará e de lá partem na segunda-feira, dia 31/10, para Rio Acima, onde acontecerá, às 15h, a grande festividade desta etapa. A viagem termina na terça-feira, dia 1º de novembro, em Glaura. São cerca de 150 km que serão divididos em quatro marchas com pousos em cidades do percurso. Todo o perrcurso pode ser acompanhado pelo site da ACC.
Associação Cavaleiros da Cultura

Esfinge

Ao escrever Esfinge, Robin Cook foge ao gênero "médico" que criou ao misturar na literatura, seus conhecimentos médicos e uma boa dose de fantasia, mas nem por isso o livro decepciona. Neste, o autor nos leva junto com Erica, uma egiptóloga americana, ao submundo da civilização egípcia. O que seria apenas a realização de um sonho, ver de perto tudo o que fôra estudado por anos na universidade e nos museus, se transforma em um grande pesadelo. Erica presencia o assassinato de um mercador de antiguidades logo após este, lhe mostrar uma rara estátua do Faraó Seti I. Uma antiga inscrição ligando os nomes dos Faraós Seti I e Tutancâmon, intriga a  egiptóloga e a busca pela verdade transforma o encanto do antigo Egito em perigos capazes de a levar à morte. Sozinha em uma terra estranha, Erica busca ajuda de pessoas que, assim como ela, acreditam que os tesouros do Egito devam permanecer no Egito e por isso lutam contra o mercado negro de antiguidades. Uma boa pitada de suspense envolve a descoberta de um antigo tesouro e revelações surpreendentes ao final.

Deuses, Túmulos e Sábios

Mesmo sendo um livro de fatos históricos narrados sem acréscimos ou fantasias, Ceram conseguiu transformar o livro em uma espécie de romance da arquiologia. Ao narrar fatos importantes das primeiras descobertas arquiológicas, o autor o fez de forma a nos apresentar mais que fatos passados, ele foi capaz de transcrever toda a emoção que os descobridores sentiram na época. O livro já começa interessantíssimo narrando a redescoberta, após 17 séculos, das cidades italianas de Pompéia e Herculano, soterradas pelo Vesúvio, segue-se Tróia, Babilônia e pela primeira vez provas físicas e científicas são encontradas de descendentes de Noé e Abraão, o chamado povo Sumeriano. Com as descobertas no Egito, vieram as dificuldades em traduzir os hieróglifos, e o longo caminho para essa descoberta é narrado detalhadamente sem se tornar cansativo. Há muita informação interresante também sobre as descobertas relacionados aos Astecas e aos Maias. Mesmo estando um pouco desatualizado, a minha edição é de 1971, o livro revela grandes tesouros.

27 de outubro de 2011

Minas são muitas, e a Estrada Real também poderá ser

Pelos caminhos da Estrada Real é um livro que, confesso, comprei pelo título e no calor do momento. Na verdade é um livro bem pessoal, onde o autor descreve sobre alguns lugares por onde passou no circuito turisticos Estrada Real e sua veia poética o inspirou a colocar em versos suas impressões sobre cada cidade. Por não se tratar de um livro histórico e sim de um livro de impressões momentâneas, tudo ocorre muito rápido, consumido de imediato e fiquei com a impresssão em alguns trechos, de que a viagem lhe desagradava pois ao se propor "conhecer" a Estrada Real não me imagino "impaciente" por visitar os pontos turisticos de cada lugar como ficou claro no capítulo dedicado à São João del-Rei. Obvio que como sãojoanense, foi um capítulo que não gostei, mas concordo com alguns pontos levantados pelo autor como a questão do lixo que anda sendo mesmo um problema sério na cidade. Os pontos altos ficam por conta de sua passagem por Cordisburgo, terra de Guimarães Rosa e Itabira onde o autor seguiu os Caminhos Drummondianos. O trabalho de impressão é impecável, capa, fotos e prefácio primoroso escrito por Fernando Brant, mas assim como é um livro de impressões bem pessoais do autor, acredito que também cada um deva tirar suas próprias impressões dentro do que entende pelo que o ótimo título sugere.