Revirando a nova banca de R$ 2,00 no melhor sebo da cidade (a de R$ 1,00 ainda existe, mas anda pouco atraente) descobri o Dr. Leite, é um delegado astuto e inteligente que com a serenidade de seus cabelos grisalhos desvenda crimes através de deduções lógicas e sua grande experiência ao conviver com o ser humano. O livro apresenta 18 contos interessantes dos quais merece destaque o conto de abertura "Crime mais que perfeito" onde o final surpreende tanto o leitor quanto o assassino. Destaque também para a astúcia das personagens de "A magnólia perdida" e "Seis homens e um brilhante". Em "Vovô faz a gente de bobo", o autor ao apresentar a estudantes de direito um crime, expoe todos os elementos para que possamos desvendar o mistério. "Mãos predestinadas" me pareceu um conto confuso a primeira leitura, mas ao relê-lo com mais atenção, me encantou a forma como o autor nos leva a acompanhar o desespero de um pai. O conto que dá nome ao livro também merece destaque pelo final trágico desvendado através da astúcia do Dr. Leite.
Enfim, "A Morte no envelope" é um livro de contos policiais que mostra que autores nacionais têm tanto talento quanto estrangeiros e foi contrariando essa teoria que em 1957, Luiz Lopes Coelho, considerado o primeiro autor do gênero policial no Brasil, provou que aqui também se escrevia estórias de detetives.
Enfim, "A Morte no envelope" é um livro de contos policiais que mostra que autores nacionais têm tanto talento quanto estrangeiros e foi contrariando essa teoria que em 1957, Luiz Lopes Coelho, considerado o primeiro autor do gênero policial no Brasil, provou que aqui também se escrevia estórias de detetives.
Para quem gosta do gênero, vale a pena conhecer um pouco do que foi o início do gênero policial no país.
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