13 de julho de 2012

Luiza-Homem

Li Luiza-Homem sem nenhuma preocupação em encontrar traços do romantismo, naturalismo ou qualquer outra classificação literária, li Luiza me deixando levar pelo cenário, pela seca, pela simplicidade dos habitantes de Sobral no Ceará e foi por isso que achei o livro extremamente envolvente. Domingos Olímpio cria em seu livro um triângulo amoroso entre a jovem Luiza-Homem, apelido recebido desde pequena por ter sido criada na lida bruta como se fosse homem; Alexandre, o jovem simples e trabalhador apaixonado por Luiza; e Crapiúna, soldado cruel que vê em Luiza não um amor, mas um desafio para seu poder de conquista e sedução. Em em meio a esse triângulo o amadurecimento de Luiza como mulher, o sofrimento de Alexandre preso acusado por um crime que não cometeu e todo o ódio de Crapiúna, homem vingativo que não mede consequencias para conseguir o que quer. Mas diferende do que se espera, não é Luiza realmente a heroína que salva o moço injustiçado, mas sim Terezinha, jovem largada no mundo que demostra que grandeza não se mede pela riqueza, por títulos ou patentes. Apesar do final não ter sido o que desejava, o autor faz de seus personagens mais do que marcantes, ele cria personagens inesquecíveis.

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