26 de agosto de 2011

Inocência

Com riqueza de detalhes e profundo conhecimento vivenciado pelo autor, o livro permite uma verdadeira viagem ao Brasil rústico e sertanejo dos idos de 1871, quando "honra e palavra" eram os principais motivadores dos amores impossíveis. E assim acontece com Inocência e Cirino. Ela, uma jovem do interior do Mato Grosso prometida em casamento a um homem bruto acostumado à lida do sertão. Ele, um jovem farmacéutico a quem as andanças de Minas Gerais ao sertão matogrossense faz virar "doutor" e arrebatar o coração de Inocência. Entre eles, o Sr. Pereira, o pai, homem simples, hospitaleiro, mas capaz de sacrificar a própria filha em nome da sua palavra. Entre os personagens ainda temos o entomologista Guilherme Meyer, hospede de Pereira que tem seu modo espansivo de homem europeu confundido com afronta pelo sertanejo. Dessa forma o autor apresenta o sertanejo, o homem da cidade e o extrangeiro, revelando os contrastes entre cada um deles. O final como já imaginava, é triste, fatal e representa o que por muitas vezes deve ter ocorrido na época em que o livro foi escrito.

2 comentários:

  1. Pois é miga esses livros da nossa literatuira são sempre bem marcantes, nos dão a impressão de já não se escreve livros assim =) a tempos não leio nada assim, quem sabe em breve. Tenho na minha estante vários lidos no periodo da escola - faculdade, eu adorava =)

    bjinhos e saudades

    ResponderExcluir
  2. É Lili, visitar os clássicos é sempre um prazer, mas acredito que ainda há muita gente que torce o nariz por serem "obrigatórios" em um momento em que muitos ainda não têm maturidade para apreciá-los. É muito bom saber que você também os aprecia. Um abraço e obrigada pela visita e comentários.

    ResponderExcluir