Os ninguéns: os filhos de ninguém, os dono de nada.
Os ninguéns: os nenhuns, correndo soltos, morrendo a vida, fodidos e mal pagos:
Que não são, embora sejam.
Que não falam idiomas, falam dialetos.
Que não praticam religiões, praticam superstições.
Que não fazem arte, fazem artesanato.
Que não são seres humanos, são recursos humanos.
Que não tem cultura, têm folclore.
Que não têm cara, têm braços.
Que não têm nome, têm número.
Que não aparecem na história universal, aparecem nas páginas policiais da imprensa local.
Os ninguéns, que custam menos do que a bala que os mata.

Eduardo Galeano
pensador.info


31 de dezembro de 2011

Carapintada


Ao unir dois importantes fatos políticos da nossa história, o impeachment do então Presidente Fernando Collor de Mello e a luta estudantil contra a Ditadura Militar 20 anos antes, o autor cria uma envolvente história em que Rodrigo, personagem principal, faz uma viagem no tempo e participa de forma ativa desses dois movimentos. Um dos pontos altos do livro, além do conteúdo histórico, é a ambientação criada pelo autor que revela as diferenças arquitetônicas de São Paulo de 1992 e a década de 1970. Uma história escrita para aqueles que ainda estão começando a formar opinião, e por isso mesmo, um livro importante que adoraria ter tido a oportunidade de ler na época em que foi escrito.  Um livro histórico-político escrito em uma linguagem atraente e dinâmica

2 comentários:

  1. Deve ser interessante =) só não gosto qnd o foco politico é maior que o histórico =/
    bjos

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    1. Lili, apesar de ser um livro para pré-adolescentes, não deixa de ser uma leitura interessante, principalmente pra quem, como eu, era adoscente naquela época, é como reviver um pouco da história.

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