21 de maio de 2006

Torrente de dúvidas

Encontros e reencontros tiram-me
do curso seguro que trilhei
e o silêncio me tem sido necessário.

Aqui dentro algo revira, 

algo vira, desatina.  
Como um nó que afrouxa e aperta
sem que eu consiga desfazê-lo.

Tenho tentado ignorar o que me machuca
na vã esperança de que a alegria do imaginado
seja mais forte, mais vivo.

Sem chão, sem rumo, tudo incerto
Só desejo  a segurança perdida depois daquele encontro,
mas o tempo passa sem que se apague aquela presença.

É como um encontro de almas 

que dura apenas uma fração de segundo, 
apenas um olhar sem palavras,
mas o suficiente para tornar 

todas as certezas e definições,
uma torrente de dúvidas.

escrito em 16/09/2011

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