21 de maio de 2006

Tudo que sinto

Que dor é essa que corrói o meu ser,
desilude minha alma,
maltrata minha carne.

Cada vez mais a sinto,
inteira, forte, decidida.

Cada vez menos,
sinto vontade de agir,
de lutar,
de vencer.

Sinto, sim
e tudo que sinto,
é dor.

Dói ao amanhecer,
e a cada minuto do dia.

Dói à noite também,
mas ela me é mais amiga,
acolhe as lágrimas,
permite o desabafo.

Dói dentro o que queria
que doesse fora.
Mas fora não dói.

Dói a alma, 
cada vez mais vazia.
E ela me impede de sonhar.

E o que somos nós,
se desistimos de sonhar?

Uma sombra,
uma névoa fria,
uma alma inquieta,
uma única e infinita dor.
escrito em 01/10/2011

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