Um crime do passado pode ser o motivo da morte de Dora Breese. Após uma longa e conturbada ação de divórcio, Dora, uma mulher dominadora acostumada aos flash das agencias de notícia, resolve promover uma viagem de Nova York a Havana em seu iate e leva entre os filhos; o consultor financeiro; seu recente romance, um jovem ator aproveitador e um jornalista que deverá enviar aos jornais a cobertura da viagem. Fatos contraditórios fazem com que mude de ideia e o jornalista seja dispensado logo que desembarcam. Porém, pouco depois de chegarem a Havana, Dora é assassinada e, durante a investigação, o velho detetive russo, Perutkin, ao tentar ajudar um amigo, se envolve na investigação conduzida pelo detetive Smith, pois acredita que a presença das mesmas pessoas envolvidas em um crime anos antes, não pode ser apenas coincidência. Apesar de alguns contratempos, ele consegue desvendar um crime bem articulado que teria tudo para, de novo, incriminar um inocente e deixar o verdadeiro assassino livre. O livro é muito bom, o que mostra que autores nacionais também sabem escrever um romance policial capaz de prender a atenção dos amantes do gênero. Claro que não vou revelar aqui fatos que comprometam a leitura do livro, mas adianto que o crime foi cometido de tal forma que apesar de estar na cola do assassino, acabei deixando-o escapar pois não consegui definir como ele praticou o crime sem um cumplice. Mas, assim como em outros romances policiais de diversos autores que já li, algumas informações vitais para se desvendar o caso só nós são reveladas quando o culpado é desmascarado pelo detetive. O que sempre me faz preferir Agatha Christie, pois em seus livros, as informações estão todas lá à minha disposição, é só avaliar e encaixar cada peça. Em O Crime da gaiola dourada, entra em cena Boris Sergvitch Perutkin, um detetive russo que tem como principal caracteristica não ser infalível como a maioria dos grandes detetives da literatura. Perutkin chega a ser até um pouco atrapalhado ao elaborar um plano onde pretente que o culpado se entregue, o que se mostra em vão e como consequencia, mais um crime é cometido. Mas entre erros e acertos, ele consegue desvendar o crime quase perfeito. Gostaria muito de vê-lo em um novo livro, mas acredito que Lucchetti não tenha dado continuidade ao personagem.
Um encontro em Paris - Júlia Macedo
Há uma semana
Nossa amiga que suspense fiquei mega curiosa!!! Adoro suas resenhas e estarei sempre por aqui viu!!! bjão
ResponderExcluirOi Lili, obrigada pelas visitas constantes, seja sempre bem-vinda. Esse é um cantinho para dividir boas leituras e as resenhas são sempre uma boa opção para se descobrir bons livros não é? Fico feliz que goste, obrigada pelo carinho de sempre.
ResponderExcluirEngraçado que, nessa época, os escritores brasileiros faziam obras policiais com personagens estrangeiros
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