31 de dezembro de 2006

Lidos em 2006

2006 foi um ano de desafios em um novo trabalho bem mais light... mais tempo para ler, foi um bom ano. Afinal 37 livros em 1 ano é uma boa media, são 3 livros ao mês, quase 1 por semana, rrsss

  1. Um Circo só de mágicos - Pior do ano
    Humberto Mariotti  
  2. O Maior Vendedor do Mundo
    Og Mandino
  3. Mensageiros do Apocalipse
    Don Pendleton
  4. Sombras de Baraunas
    Mário Sette
  5. Sexo para uma vida melhor
    Dra. Ruth Westheimer
  6. O Italiano - Vol I
    Ann Radcliffe 
  7. O Italiano - Vol II
    Ann Radcliffe
  8. Os Mais Extraordinários Contos de Suspense
    Ben Hecht, Eric Williams, Day Keene, John Russel, Edgar Allan Poe, James Mallahan Cain, Evelyn Waugh, Allan Vaughan Elston
  9. O Capitão Háteras
    Júlio Verne
  10. A dez Passos da Forca
    John Wainwright 
  11. O Escaravelho da Morte
    Richard Lewis
  12. Norte contra sul
    Júlio Verne
  13. A Morte espreita no México
    Jerry Ahern
  14. Os Demonios de Loudun
    Aldous Huxley 
  15. Vinte Mil Léguas Submarinas
    Júlio Verne 
  16. Depois da primeira Morte
    Lawrence Block 
  17. O Espírito do Mal
    William Peter Blatty
  18. Cães de Guerra
    Frederick Forsyth
  19. Febre
    Robin Cook
  20. A Alternativa do Diabo
    Frederick Forsyth
  21. Missão Stardust
    K. H. Scheer
  22. A Terceira Potência
    Clark Darlton 
  23. O crepúsculo dos deuses
    Clark Darlton
  24. O Trem das Sete
    Luciane Alves, Toninho Buda, Drago, Jairo Ferreira, Zelinda Hypólito, Ayrton Mugnaini, Costa Senna
  25. "Eu Quero Cantar Por Cantar"
    Ayrton Mugnaini Jr.
  26. Alarma galático
    Kurt Mahr
  27. Triângulo
    Ken Follett
  28. O Exército de Mutantes
    K. H. Scheer
  29. A porta das sete chaves
    Edgar Wallace
  30. Invasão espacial
    Clark Darlton
  31. O Desafio das Águias
    Alistair Maclean
  32. O Menino e o Rio
    Henri Bosco
  33. O tesouro da Torre
    Franklin w. Dixon 
  34. A Balsa do Desespero  - Melhor do ano
    Enzio Tiira
  35. A Última Sessão de Cinema
    Ronald Claver
  36. O Sobradinho dos Pardais
    Herberto Sales 
  37. Parque Gorki
    Martin Cruz Smith 
  • O melhor do ano foi o pouco conhecido A balsa do Desespero, pra dizer a verdade, foi um tiro no escuro. Comprei em um sebo por 1 real, o que me chamou a atenção foi a capa. Adoro estórias de sobreviventes, coisas tipo perdidos em uma ilha deserta e tendo de se virar para sobreviver, junto dos romances policiais é o que mais gosto de ler. O livro narra 3 homens perdidos em alto mar em uma pequena balsa, lutando nesse pequeno espaço contra os perigos do mar, a falta de alimento e água, o sol abrasador e a angústia da incerteza. 
  • Como pior, coloquei Um circo só de mágicos, sem desmerecer o autor, é uma junção de contos cansativos e  pouco envolventes, me deu sono.

                                

7 de novembro de 2006

Presentes de aniversário 2006


Mais 3 pra coleção...


Parece mais um livro de espionagem na Russia, apesar de detestar frio, a Russia sempre rende boas estórias.


O Sobradinho dos Pardais Um daqueles livros de se devorar em uma sentada, estória simples e singela


A Última Sessão de Cinema Parece um daqueles livros adolescentes

21 de maio de 2006

Expulsando demônios

Nunca tive pretenção em ser escritora, e continuo não tendo. Postei aqui algumas coisas que escrevi entre 1994 e 1995, quando escrever aliviava um pouco meus medos adolescentes. Lendo-os tantos anos depois, ainda me reconheço em alguns trechos, mas só em alguns. Fico feliz em perceber que doi menos. Ainda resta um pouco da adolescente tímida que fui, mas sem todo aquele complexo de inferioridade. Ainda sinto o peso da solidão, apesar de gostar tanto dela. É estranho, ainda hoje me sinto profundamente atraida por ela, mas ao mesmo tempo a temo; e agora, acho que ainda mais que antes. Por isso, nada impede que coloque aqui algo atual.
Não sei como classificá-los, não é poesia, nem dissertação, são na verdade desabafos, sem pontuação, sem rima, sem métrica. São "palavreados", apenas a forma que encontrei para expulsar de dentro de mim, demônios que me atormentam. 
  
Palavreado: s.m. Reunião de palavras sem muito nexo ou importância.

Só, caminho

Caminho calada,
olhos baixos,
olhos rasos.
Pensamento atormentado

Caminho à vontade,
mas sem vontade.

Caminho só eu,
sempre, e sempre...

Caminho nas pedras, 
na grama,
no alfalto.

Caminho com rumo,
caminho com direção.

Caminho sem dar importância
ao sol, à chuva, ao vento.

Caminho porque minhas pernas
sabem onde tenho que ir.

Só, caminho,
sem coragem de pedir à vida,
que me faça companhia.

escrito em 01/10/2011

Tudo que sinto

Que dor é essa que corrói o meu ser,
desilude minha alma,
maltrata minha carne.

Cada vez mais a sinto,
inteira, forte, decidida.

Cada vez menos,
sinto vontade de agir,
de lutar,
de vencer.

Sinto, sim
e tudo que sinto,
é dor.

Dói ao amanhecer,
e a cada minuto do dia.

Dói à noite também,
mas ela me é mais amiga,
acolhe as lágrimas,
permite o desabafo.

Dói dentro o que queria
que doesse fora.
Mas fora não dói.

Dói a alma, 
cada vez mais vazia.
E ela me impede de sonhar.

E o que somos nós,
se desistimos de sonhar?

Uma sombra,
uma névoa fria,
uma alma inquieta,
uma única e infinita dor.
escrito em 01/10/2011

Torrente de dúvidas

Encontros e reencontros tiram-me
do curso seguro que trilhei
e o silêncio me tem sido necessário.

Aqui dentro algo revira, 

algo vira, desatina.  
Como um nó que afrouxa e aperta
sem que eu consiga desfazê-lo.

Tenho tentado ignorar o que me machuca
na vã esperança de que a alegria do imaginado
seja mais forte, mais vivo.

Sem chão, sem rumo, tudo incerto
Só desejo  a segurança perdida depois daquele encontro,
mas o tempo passa sem que se apague aquela presença.

É como um encontro de almas 

que dura apenas uma fração de segundo, 
apenas um olhar sem palavras,
mas o suficiente para tornar 

todas as certezas e definições,
uma torrente de dúvidas.

escrito em 16/09/2011

Solidão é tudo que resta

Minha alma em deserto,
procura e não encontra,
o que a faz completa,
nem o que a liberta.

A noite longa e pesada
arrasta para o dia,
o vazio da alma.

Minha alma é um deserto,
cercado de almas pesadas
que se arrastam noite e dia, 
sem a alegria sonhada.

A cada noite, a cada dia
o deserto aumenta,
levando de minha alma,
o que ainda lhe resta.

escrito em 11/09/2011

Caminho do Abismo

Criamos monstros dentro de nós
capazes de tudo para se fortalecerem.
São demônios que querem minha alma.
Planejam mil situações para que eu 
fique deprimida e atacam.
Atacam com forças que eu mesma forneço.
Esse monstro está ficando mais forte.
Preciso de ajuda.
Mas não sei como conseguir.
Ele está me atacando com forças que eu mesma forneço.
Estou com medo de ser vencida.
A cada hora ele se torna mais forte.
E eu, mais fraca, não sei como derrotá-lo.
Talvez os amigos possam ajudar.
E se forem eles os monstros?
Não posso confiar em ninguém.
Mas de que isso adiantaria.
Não tenho amigos vivos, 
apenas conhecidos.
Ele está me atacando com forças que eu mesma forneço.
Estou ficando sem resistência, ele está me atacando e 
não tenho forças para me defender.
Até quando vou resistir.
Até quando?
?


escrito em 03/08/1994

Momentos (previsões)

A vida se torna fria demais quando se tem que ficar sozinho.
Amigos as vezes são inimigos.
Como saber se são amigos?
Talvez algum dia iremos saber.
Mas por enquanto estou dividida.
A vida é assim, 
totalmente imprevisível.
Momentos imprevisíveis, as vezes 
com consequencias  previsíveis demais,
mas nunca realmente satisfatórios.
Parece que temos sempre um dia a mais 
ou uma noite a menos.
E o maior problema de nossa vida,
é "nossa vida", vivida errada.

escrito em 03/08/94

Íntimo de um insatisfeito

Escrever é melhor que falar.
Com as palavras não se vê os olhos.
Não é necessário a presença.
A fala exige muito,
Mas dentro de mim parece tudo tão fácil,
tão certo,
tão como eu sonho.
Mas o sonho é a diferença.
Meus sonhos não passam de sonhos, 
de imaginação. 
Imaginação fértil a minha.
Quem seria capaz de viver 3 vidas diferentes,
mais a realidade?
Só alguém insatisfeito e amedrontado
com a própria realidade. 

escrito em 19/04/95

9 de abril de 2006

Normalidade Pessoal

Ser diferente parece aos outros ser bom,
Engano maior não existe.
Ser normal seria bom
Maravilhoso seria sentir e reagir como todos.
Mas não posso escolher,
Tudo meu sempre foi diferente.
Minhas ações e reações seguem o obscuro.
Tudo meu é tão interior, tão só meu que nunca ninguém foi capaz de compreender.
O lado escuro da lua me é atraente.
A escuridão é minha vida.
A cada dia me convenço mais de que ninguém me conhece.
Todos me vêm no sol.
Mas só nas trevas realmente me encontro.
A depressão, a solidão e o medo fazem parte do meu dia a dia,
que nada mais éque uma eterna noite.
Não precisar falar me conforta, alivia cada momento de minha vida.
Meu maior medo é encontrar o limite e entrar em um caminho sem volta.

escrito em 12/04/1995

Conforto a um solitário

Que dor é essa que corroe o meu ser,
desinquieta minha alma e escurece
meu pensamento.
Sempre fui sozinha, 
sempre precisaei de alguém.
Mas nunca confiei.
Vontade não falta.
Coragem é a âncora.
É difícil resistir a um quarto escuro,
mas a necessidade do sol me faz sofrer.
Isolamento completo é impossível.
Porém, só em pensar me satisfaço.
Talvez mais até do que se alcança-se o objetivo.
É incrível como um sonho da sentido à vida.
Alguns chamam de esperança.
E quando se tem esperança,
não existe solidão absoluta.
Entretanto, a dor permanece. 

escrito em 24/04/2005

20 de fevereiro de 2006

O poder do querer

Não sei bem o que fazer
Pelo primeira vez não quero me trancar
Mas a ocasião me obriga
De novo,
sozinha em meio a tanta gente
Estranho,
hoje eu queria baixar minhas defesas
Mas hoje, 
isso não depende de mim
Acho que percebo agora o que me fez mudar
É que só encontro total satisfação quando 
quero, mas não posso
É estranho esse jogo de querer e poder
O prazer está na dificuldade
Hoje algo me fez sentir igual a todos
Foi num momento de  distração, 
armas depostas, proteção quase nula
Mas logo que percebi, 
fugi para meu mundo
Agora o medo lidera minhas defesas,
e eu, não libero meus sentimentos
É o que quero
Mas será que posso?


escrito em 11/05/1995

Visão Dupla

Será que sou mesmo diferente? 
Há momentos em que a atitude dos que me 
rodeiam me faz pensar que sou igual a eles. 
Talvez esse conceito de diferença esteja 
somente em minha cabeça.
Teria eu criado todo esse meu sofrimento? 
Minha mente seria tão doente assim?
Talvez todos não me vejam inferior,
mas eu os intrerpreto assim.
Mas se eu não fosse tão diferente,
não precisaria de tantas armas.
Por que me rebaixo tanto?
Qual o motivo real da minha inferioridade?
Seria concentrada no físico ou no psicológico?
Pior para mim se for psicológico.
Comigo é uma inferioridade diferente dos 
problemas comuns da adolescencia pois 
tudo o que é meu, gosto e defendo.
Simplesmente me percebo inferior e diferente.


escrito em 11/05/1995

In (constância)

Nunca diga sou feliz.
Mais certo é dizer:
- estou feliz.
A felicidade não é duradoura.
É um estado momentâneo.
Vem e vai tão rápido como qualquer sentimento.
Vem com a rapidez de um vento. 
Vai com a destreza de uma serpente.
Não há quem nunca tenha sido feliz.
Assim como não há vida constantemente infeliz.
Nos cabe resistir às trapaças da vida, 
tirando força de nossa constante busca à felicidade.

escrito de 28/04 a 11/05/1995

13 de janeiro de 2006

Justiça Humana

Vantagem só tiramos dos menores.
Sempre encontraremos alguém maior ou menor.
Sempre encontraremos alguém melhor ou pior. 
Seria justo nos comparármos?
Devemos nos comparar com os maiores ou os menores, os melhores ou os piores?
Se me julgo maior sou prepotente.
Se me julgo menor sou depressivo.
Um faz parte do outro?
Ainda não sei.
Preciso pensar, pensarei depois.
Agora ainda é cedo, muito cedo.


escrito em 15/05/1995

Desordenada rotina


Percebo mudanças involuntárias.
Isso não me faz bem.
A rotina é meu guia, minha raiz, meu eixo.
Forçosamente entro no meio da roda.
Seu girar me inibe.
Seu eixo não me dá segurança.
Seu movimento rotineiro me impede de guiar meus passos.
Meus pensamentos giram desordenados.
Procuro o equilibrio perdido.
Tento me adaptar a nova rotina.
Mas como pode tanta alternancia ser uma rotina?
Não afirmo a ninguém que a rotina é boa ou segura.
Mas para mim, certamente é necessária.


escrito em 15/05/1995