6 de junho de 2010

Detetives de todos os tempos - 1ª Parte

Hercules Poirot
Cabeça em forma de um ovo, medindo apenas 1,62m, olhos de um verde brilhante, espesso bigode (seu grande orgulho), de aparência elegante e impecável, muito pouco modesto e extremamente extravagante, este é Hercules Poirot, o detetive belga que protagoniza a maioria dos livros de Agatha Christie. 

Poirot é um grande fã da ordem e do método, chegando, em certos momentos, a ser rabugento. Costuma dizer ao seu amigo Hastings que: "o seu crime de sonho seria realizado com método e ordem..." e acredita que "se houvesse um criminoso assim, seria impossível, incluindo o próprio Hercule Poirot, descobrir o verdadeiro culpado".

Não é um detetive de ação, mas meramente dedutivo, pois diz que pode resolver um crime estando "apenas sentado na sua poltrona". Ele compara os seus colegas da Scotland Yard a "cães de caça humanos", pois eles usam as pequenas pistas no chão, as pegadas e as impressões digitais como método de trabalho; enquanto que ele, Poirot, usa como único meio, a psicologia humana e o que ele chama de "células cinzenta".
Segundo Poirot "a mente humana não tem nenhuma originalidade", pois quando um criminoso comete um crime, o seu método psicológico é sempre o mesmo.

Apesar de nunca ter se casado, Poirot, teve uma grande paixão: a condessa russa Vera Rossakoff, que conheceu durante investigações de um engenhoso roubo de jóias, ainda no início de sua carreira como detetive particular em Londres. A condessa apareceu ainda no livro "Os quatro grandes"  e também em Os trabalhos de Hércule, já bem mais velha e dona de uma Boite. 

Para evitar que continuassem a explorar seu personagem depois de sua morte, Agatha Christie decidiu matar Poirot em um romance escrito na década de 40, mas que, segundo ordens expressas suas, só deveria ser publicado após sua morte. Por essa razão, Cai o Pano somente foi lançado em 1975. A ação já começa com Poirot doente e sua morte fecha a trama. O que achei uma sábia decisão visto o que já fizeram com o famoso Sherlock Holmes que tem inúmeras estórias não escritas por Conan Doyle, e muitas deixam o famoso detetive aquém da criação original.

Um grande número das obras onde Poirot aparece se tornaram filmes, séries de televisão, rádio e teatro. Foi vivido no cinema por Albert Finney e por Sir Peter Ustinov e na série televisiva por David Suchet.

Obras em que Poirot aparece:
  • Misterioso Caso de Styles (1921)
  • Assassinato no Campo de Golfe (1923)
  • Poirot Investiga (1924)
  • O Assassinato de Roger Ackroyd (1926)
  • Os Quatro Grandes (1927)
  • O Mistério do Trem Azul (1928)
  • Café Preto (1930 - peça de teatro adaptada em 1997)
  • A Casa do Penhasco (1932)
  • Treze à Mesa (1933)
  • Assassinato no Expresso do Oriente (1934)
  • Tragédia em Três Atos (1935)
  • Morte nas Nuvens (1935)
  • Os Crimes ABC (1936)
  • Cartas na Mesa(1936)
  • Morte na Mesopotâmia (1936)
  • Morte no Nilo (1937)
  • Poirot Perde uma Cliente (1937)
  • Assassinato no Beco (1937)
  • Encontro com a Morte (1938)
  • O Natal de Poirot (1939)
  • Uma Dose Mortal (1940)
  • Cipreste Triste (1940)
  • Morte na Praia (1941)
  • Os Cinco Porquinhos (1942)
  • A Mansão Hollow (1946)
  • Os Trabalhos de Hércules (1947)
  • Seguindo a Correnteza (1948)
  • A Morte da Sra. McGinty (1952)
  • Depois do Funeral (1953)
  • Morte na Rua Hickory (1955)
  • A Extravagância do Morto (1956)
  • Um Gato entre os Pombos (1959)
  • Os Relógios (1963)
  • A Terceira Moça (1966)
  • Noite das Bruxas (1969)
  • Os Elefantes Não Esquecem (1972)
  • Os Primeiros Casos de Poirot (1974)
  • Cai o Pano (1975 - escrito durante os anos 40)
Capitão Hastings merece um página à parte logo que possivel.

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