Magro, vigoroso, com rosto agudo, nariz aquilino, olhos cinzentos penetrantes, voz esganiçada, ombros retos e um jeito sacudido de andar. Uma pessoa arrogante, orgulhoso, nada sentimentalista, sempre preferindo o lado racional do ser humano. Químico e físico brilhante, adora fumar cachimbo e usa com frequencia a cocaína para estimular as suas faculdades intelectuais ou matar o tédio entre um problema e outro (a cocaína só se tornará uma substância proibida em 1930). Mestre na arte do disfarce, maneja com habilidade a espada e apresenta alguns hábitos peculiares como a prática de boxe, baritsu e é um exímio violinista.
Holmes viveu em Londres, no apartamento 221B da rua Baker Street, entre 1881 e 1903, hoje esse endereço é um museu dedicado a Sherlock Holmes.
Sua especialidade é resolver enigmas singulares, que deixam a polícia desnorteada, usando a sua extrema faculdade de observação e dedução. Mas o acho um pouco exagerado pois ao longo de suas histórias demonstra ter conhecimento sobre qualquer assunto, chegando a identificar a marca de um tabaco somente pelo seu cheiro e pela cor de suas cinzas. O próprio Doyle o descreve como uma pessoa sem defeito. Me incomoda um pouco a forma como Doyle propõe as soluções dos casos de Holmes, ele muitas vezes só nos dá a conhecer dados e fatos importantes para desvendar o mistério na hora da conclusão, o que não ocorre com Agatha, que coloca a disposição do leitor todas as pistas para que possamos bancar o detetive enquanto lemos. Elementar meu caro Watson, sem conhecimento de alguns fatos fundamentais não dá pra competir.
Holmes tem um grande inimigo, também dotado de extraordinárias faculdades intelectuais, o professor Moriarty. Em 4 de maio de 1911, após uma luta feroz, Holmes e Moriarty desaparecem nas cataratas de Reichenbach, perto de Meiringen, na Suíça (The Adventure of the Final Problem). Os protestos dos leitores foram tantos e de tal forma violentos, que Doyle foi obrigado a ressuscitar seu herói. Holmes acaba reaparecendo no conto "The Adventure of the Empty House", com a engenhosa explicação que somente Moriarty havia caído, e como Holmes tinha outros perigosos inimigos, ele havia simulado sua morte para poder investigá-los melhor. Doyle achava que estórias policiais não eram verdadeiramente literatura e em novembro de 1891, escreveu a sua mãe: "Acho que vou assassinar Holmes… e lhe dar fim de uma vez por todas. Ele priva minha mente de coisas melhores." Como resultado, após sua morte, vários escritores aproveitaram do famoso detetive para escrever estórias algumas vezes aquém do personagem original criado por Doyle.
Obras de Arthur Conan Doyle com Sherlock Holmes:
- Um estudo em vermelho - (romance publicado em 1887)
- O signo dos quatro - (romance publicado em 1890)
- O Cão dos Baskervilles - (romance publicado em 1902)
- O vale do terror - (romance publicado em 1915)
- As Aventuras de Sherlock Holmes - (série de 12 contos publicada em 1892)
- Memórias de Sherlock Holmes - (série de 11 contos publicada em 1894)
- O Retorno de Sherlock Holmes - (série de 13 contos publicada em 1905)
- O último adeus de Sherlock Holmes - (série de 8 contos publicada em 1917)
- Os Casos de Sherlock Holmes - (série de 12 contos publicada em 1927)
Watson merece um página à parte logo que possivel.
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