Espera mil anos e verás que será precioso até o lixo deixado atrás por uma civilização extinta.
Isaac Asimov
pensador.info


18 de junho de 2010

Tão envolvente quanto "O Mapa dos Ossos"

Mais uma aventura de Gray na Força Sigma, porém nesse livro ele não é o único herói. Gosto disso, faz com que pareça mais real, homem de carne e osso. E apesar de Gray estar diretamente envolvido na trama, seu chefe Painter, que pouco aparece no primeiro livro da trilogia é o principal foco do enredo; demostrando o porque de estar tão insatisfeito em ficar atrás de uma mesa no primeiro volume. Um personagem perspicaz e extremamente capaz de solucionar os piores problemas e reverter situações aparentemente perdidas, usando a inteligencia em lugar da força bruta.

Foi ótimo rever personagens como Monk e Kat envolvidos em algo mais que perseguições. E a Raquel, pobre Raquel, terá mesmo algum futuro sua relação com Gray se nenhum dos dois abrir mão de algo? O que mais me agradou nesse segundo volume foi constatar que o autor deu à sua criação, à Força Sigma, mais do que apenas pessoas indestrutíveis, aqueles heróis que resolvem tudo com as melhores armas e a tecnologia mais avançada. Seus personagens transcendem às perseguições e explosões que estamos acostumados nos livros ou filmes de ação. Mulheres como Lisa são admiráveis, pena que os homens em geral vejam como uma ameaça e não uma aliada, as "Fionas" o agradam mais pois são rebeldes, mas no fim sempre são uma sombra.

Sobre a história em si, é assustador imaginar o que os nazistas poderiam ter feito se não tivessem sido vencidos. Pensar na "teoria Quântica" como mais que uma teoria é assustador, principalmente porque acho que o homem não está preparado para a responsabilidade de "Ser Deus". Claro que sem riscos e homens à frente de seu tempo, a ciência nunca teria evoluido e sem a evolução da medicina não teríamos mais chance do que apenas a "teoria evolutiva de Darviw". O problema é quando essas descobertas são usada por uma mente doentia que acredita que Deus criou algo que ele pode recriar e aperfeiçoar. Na verdade, cada evolução humana só aconteceu e acontecerá porque Deus permitiu, afinal, nos deu inteligencia e livre arbítrio, mas também nos deu algo que transcende tudo isso, nos deu "alma", e é isso que difere os seres humanos e isso o homem ainda não conseguiu reproduzir em laboratório.

Tão envolvente quanto "O Mapa dos Ossos", na verdade não sei dizer de qual gostei mais, imperdível para quem leu o primeiro volume.

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